quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O dia em que a tristeza tirou férias

Eles sorriem nas esquinas. Todos coloridos e manchados de tinta guache - daquelas que as crianças levam no primeiro dia de aula e endurecem por falta de uso. São milhões. Jovens. Hoje, é permitido falar com estranhos. Não há medo do contato físico. Eles brotam próximos a faculdades - e alguns, como gremelins, chegam à avenida Paulista. Pedem uns trocados. Tomam cerveja ou pinga de má qualidade. Mas não ligam. Apenas sorriem. E se coçam. Alguns sonham, outros nem sabem de nada, nem pensam. São leves. Quando é trote, ninguém fica triste. Nem eu.

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