quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Antídoto

Sempre me fascinou o fato de que o remédio para o veneno da cobra era o próprio veneno. O que mata, cura. Dependendo do uso. Quando criança, passei algumas tardes durante as férias no Butantã tentando entender porque é preciso se expor duas vezes ao mesmo mal para ficar bem. E ainda não entendi. Me exponho muito mais do que duas vezes. E já morri algumas, eu sei. Sem antídotos azuis em vidrinhos mágicos dos filmes do Indiana Jones para me salvar.

Nesses últimos dias, procurei o último antídoto que precisava. No rótulo, palavras em francês. Só não consigo encontrar o prazo de validade. E isso me corrói.

Um comentário:

Maria José F. Goldschmidt disse...

Nem tudo dá para entender. Para certas coisas não existe prazo de validade, nem receita. Vem aí um novo filme do Indiana Jones. Talvez seja o antídoto.