segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Saber o que já se sabe é pior do que saber o que não se sabe

Quando aquele que nunca se expõe começa a falar, sinto medo. Li cinco parágrafos de um português bem escrito e em código e senti um calafrio tão gelado na espinha que me lembrei de um outubro distante. Um outubro cinza em meio a um mundo novo, sem torres nem esperanças. Um outubro em que morri num sétimo andar e meio.
Fiquei enjoada. O cookie revirou no meu estômago. Fiquei branca e com as mãos frias. Ninguém viu. Mas eu quis sair correndo de mim mesma.
Quem nunca fala, deveria permanecer em silêncio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Quando outro blog me inspira...é isso que sai:


Era um sábado de sol que, no entanto, amanhecera cinza. Ela, agora loira, acordou muito cedo para um compromisso inadiável: uma amiga de infância daria à luz. 6h20: Pro Matre, ali, perto da avenida de tantas histórias e passados. A criança nasceu saudável e linda. Todas as amigas que foram convocadas para assistir ao parto se perderam em meio ao pranto e abraços e lembranças de uma adolescência que não voltará - pelo menos para elas. Estavam todos felizes.
No caminho de volta para casa, já sob o sol do meio-dia, ela decidiu caminhar. Paulista, um pedaço da Bela Cintra, Matias Aires, Angélica, Itacolomi...sabe-se lá o motivo que a levou pelo caminho mais longo. Não havia sequer um pensamento ruim que viesse a mente. Nenhuma tristeza. Nenhum plano de vingança. Só a imagem daquela criança nascendo. Quase um sopro de esperança em meio ao caos. Mas, falando no caos, eis que ao olhar para o lado ela percebe que também não havia uma esquina ou uma marquise que não abrigasse um sujeito maltrapilho, bêbado, sujo e fedido. Desses que se reproduzem apenas por instinto. Triste. Foi como se eles estivessem lá como um aviso, um lembrete de que a vida não está aí à toa. Quase como um grito de "enjoy". Era um sábado especial, sem dúvida. Mas só para alguns.

sábado, 8 de agosto de 2009

E um rei nasceu num belo dia de sol em São Paulo

Eu vi o menino correndo, eu vi o tempo
Brincando ao redor do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada
E eu nunca passei.
Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Passaporte

Other cities always make me mad
Other places always make me sad
No other city ever made me glad
Except New York
I love New York
I love New York
I love New York