quarta-feira, 30 de novembro de 2011

tempo, ah, o tempo

2005 foi outra vida, ela disse.
1999 a única vida, eu digo.
e o agora, vida. Eu vivo.

Vedder continua cantando pra mim. Eu (ainda) tenho sapatilhas vermelhas (novas) para saltitar por aí. E (de novo) todo dia vou à casa cinza de que fugi por não suportar a dor dos olhos do fotógrafo triste.

Ninguém escreve mais como escrevia. E eu não acentuo mais ideia.

A criança sabedoria já dança balé. A sua menina vai para a escola e passa batom sabor morango (que era meu). O menino que vi nascer chama a mãe de chata.

As universidades na Grécia estão sem aula há 365 dias. E ele ainda me pede para sorrir. Lá da Antiguidade. E eu obedeço.

A pista ainda me surpreende. E eu vou embora com quem eu bem entendo. Porque, dizem, sou dessas.

Tudo mudou. Envelhecemos. Mas tem alguma coisa que nunca muda. E é bom.

Vou ver 2012 nascer numa Berlim fria. E aí, hein Susan Miller?

Dezembro

Pô, mudou.