quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Dans le marché

Ele estava no caixa do supermercado. All Star branco, jeans e camiseta. Como da última vez que o vi. Eu acho, não lembro se olhei para os pés...também não lembro se foi assim, tão informal. Mas com aqueles olhos de um azul malicioso inconfundível, quem olharia? E não faz diferença agora. No lugar do copo de vodka, as mãos seguravam caixas de leite integral Parmalat e o lança-perfume foi substituído por amaciantes. Daqueles que deixam a roupa cheirosa depois de lavadas. Ele não estava só. Nem magra, nem gorda, nem bonita, nem feia. Normal. Talvez ela nem tenha idéia de quem tem nas mãos e no coração. Ainda bem. Por dois segundo e meio, sorri. E fiquei feliz de vê-lo adulto. Conseqüentemente, eu, também adulta. Mas quando pisei na rua e senti a garoa fria percebi que envelhecemos. E só eu fiquei sozinha.

Um comentário:

Anônimo disse...

mentira, boba, todo mundo está.