quarta-feira, 19 de março de 2008

Presente

Eu ganhei um texto. Lindo. De amor, eu diria. Mas não esse amor que a gente idealiza e quer foder com a pessoa. Amor de amar. Por isso, não vou mostrar para ninguém aqui. É meu. Às vezes, eu aparecia nas entrelinhas dos textos dela. Um comentário que eu fiz, uma tristeza compartilhada, um trem que perdemos numa estação qualquer. Mas esse é só para mim. Talvez também para a outra que espera. Tem uma parte que é dela. Mas o texto ainda é meu. E eu guardei bem bonito num arquivo de Word para não perder nunca mais. E, depois de ler, fui embora do trabalho pisando duro com minhas botas cowboys. Tão livre pelas ruas do Jardim Europa que até falei sozinha.

Há, ainda não conheço, mas há paredes azuis em Paris. E será numa bela moldura art nouveau que colocarei esse texto e pendurarei nessa parede desconhecida. Para não esquecer a que eu vim nesta vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

as palavras escritas ecoam além-mar.