sexta-feira, 13 de junho de 2008

Santo Antônio

Antônio era o menino de olhos verdes que me achava espertinha. Ele não respondia por esse nome. E nem pelo quase amor que senti. Mas me acolhia nos braços como um viking abraça sua terra conquistada. E eu dormia o mais profundo dos sonos com as costelas esmagadas por aqueles braços cheios de pintinhas de sol.

Perdi Santo Antônio e os outros Antônios. À meia-noite, não fiz simpatias. O céu tinha uma lua pela metade que me lembrou o sorriso do gato da Alice. Rindo de mim, o céu. E eu, nem liguei.

Antes de fechar os olhos, foi em você, tão bonito no caixa do Starbucks, que pensei. Senti saudades. E um certo amargo no céu da boca pelo querer inocente e incoerente que não vai voltar. É pouco só te querer. As palavras de março racharam você em mim. E acho mesmo é que você me perdeu.

E hoje vou só comemorar o dia de Ogum.

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