quarta-feira, 7 de maio de 2008

Um degrau acima

Já tive medo de altura. Nunca do escuro. Às vezes, a turbulência do avião me preocupa. Mas nada de pavor. Como o moço de olhos azuis no vôo para Manhattan, não perco o sono - e ainda sonho. A solidão me apavora aos domingos e me acompanha durante a semana. Vivo com e para ela. Vivo firme.

E nunca, nunca mesmo, tive medo de andar. Há momentos de pausa. Apenas momentâneos. Os passos são sangüíneos. Certos e fortes. Para frente e para cima. De botas cowboy, plataformas ou All Star. Sem olhar para trás. Na minha frente só a onça que tenho numa foto tatuada em meu peito. Com meu nome. Brincando na água. Desafiando o mundo.

É disso que me alimento. É disso que entendo. É isso que me traz o destino e me une ao presente.

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