quinta-feira, 3 de abril de 2008

Quando o diagnóstico chega via e-mail

"Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.Os autores que defendem a Síndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doença envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho. Entretanto, pessoalmente, julgamos que essa Síndrome de Burnout seria a conseqüência mais depressiva do estresse desencadeado pelo trabalho.
A Síndrome de Burnout pode ser prevenida quando os agentes estressores no trabalho são identificados, modificados ou adaptados à necessidade do profissional, quando se prioriza as tarefas mais importantes no decorrer do dia, quando se estabelece laços pessoais e/ou profissionais dando-os importância, quando os horários diários não são sobrecarregados de tarefas, quando o profissional preocupa-se com sua saúde e quando em momentos de descontração assuntos relacionados ao trabalho não são mencionados. O tratamento para a doença é variável, pois podem ser iniciados a partir de fitoterápicos, fármacos, intervenções psicossociais, afastamento profissional e readaptações. É importante ressaltar que a Síndrome de Burnout é diferente da depressão, pois a síndrome está diretamente ligada com situações ligadas ao trabalho, enquanto a depressão está ligada a situações pessoais relacionadas com a vida da pessoa.

Sintomas:
A Síndrome de Burnout ocasiona manifestações como:
Distúrbios psicológicos: insegurança, medo, ansiedade, inquietação, aflição.
Distúrbios orgânicos: hipertensão, disfunção digestiva, problemas cardíacos e dermatológicos, dores musculares, cefaléia e insônia.
Alterações comportamentais: dificuldades em lidar com problemas do cotidiano, procrastinação, impaciência com outras pessoas, indiferença, irritabilidade, intolerância.
Mudança no estado de ânimo: apatia e insatisfação na execução de tarefas, sentimento de tristeza profunda, infelicidade.

Vulneráveis:
Profissionais mais idealistas, que “vestem a camisa da empresa”, muito dedicados, que não se permitem errar e que lidam com pessoas, tendo alguma responsabilidade sobre elas, costumam ser mais vulneráveis ao burnout. E é justamente por envolver afeto e emoções, que a síndrome acomete, principalmente, médicos, psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, jornalistas e professores. Mas pode atingir qualquer profissional e até donas de casa."

Talvez seja isso, talvez seja só a mesma dor de Nietzsche.

Um comentário:

Unknown disse...

Gostaria de saber a referencia que vc utilizou para expor essas informações. Achei muito interessante!

Desde já agradeço a atenção