quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O bêbado e a equilibrista

(sonhei com essa música essa noite. Não haveria título melhor)

Ela não chorava há três dias. Setenta e duas lindas horas em que pensou que os tais "dias melhores" tivessem chegado. Errou.

Ela tem um homem que lhe diz que é linda. Um desses que tanto elogiam que dá até medo, mas que fazem do verão a melhor estação do ano. Tem um outro que lhe diz sacanagem via sms. Ela gosta. Mas não adianta. É o homem azul que ela quer. E ele esnoba - ou nem tanto. Provoca até, mas pra quê?

Ela se repete: melhor se não visse, melhor se não falasse, melhor se o não querer fosse realmente não querer. Não é. E ela desmancha. Feito tristeza - que ele mede e diz que não é grande. Errado.

Além dos dez centímetros do salto, ela equilibra o desejo e o não desejo dentro dela - e o dele. Equilibra as lágrimas para que elas não escorram pelo rosto borrando o rímel - e falha. Equilibra a sanidade. E ele bebe um copo de vodca.

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