2005 foi outra vida, ela disse.
1999 a única vida, eu digo.
e o agora, vida. Eu vivo.
Vedder continua cantando pra mim. Eu (ainda) tenho sapatilhas vermelhas (novas) para saltitar por aí. E (de novo) todo dia vou à casa cinza de que fugi por não suportar a dor dos olhos do fotógrafo triste.
Ninguém escreve mais como escrevia. E eu não acentuo mais ideia.
A criança sabedoria já dança balé. A sua menina vai para a escola e passa batom sabor morango (que era meu). O menino que vi nascer chama a mãe de chata.
As universidades na Grécia estão sem aula há 365 dias. E ele ainda me pede para sorrir. Lá da Antiguidade. E eu obedeço.
A pista ainda me surpreende. E eu vou embora com quem eu bem entendo. Porque, dizem, sou dessas.
Tudo mudou. Envelhecemos. Mas tem alguma coisa que nunca muda. E é bom.
Vou ver 2012 nascer numa Berlim fria. E aí, hein Susan Miller?
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quase setembro
no fim, março foi um bom mês.
meu horóscopo diz que as coisas vão mudar até outubro.
e se não mudarem?
meu horóscopo diz que as coisas vão mudar até outubro.
e se não mudarem?
quarta-feira, 13 de julho de 2011
sonhos
Sonhei com você a noite toda. Já passaram quatro meses. No meu sonho, precisava falar contigo porque eu tinha mudado de casa e estava infeliz. Já passaram quatro meses. E eu mudei mesmo. Recado do subconsciente ou do Destino. Não sei, não acredito no Destino. Ele mente. Já passaram quatro meses. Te contei um dia, não deves lembrar, que em 2004, quando procurava minha casa atual e curava o corpo da depressão pós 22 anos, sonhava com você me guiando pelos caminhos irreais das imagens noturnas até o que seria meu quarto azul de hoje. Já passaram quatro meses. Mas, nesse sonho de ontem, não havia solução para a tristeza e você tinha um affair com uma amiga minha. Abandonada numa avenida da zona sul de São Paulo, caminhei surrealista pelo meu incosciente sem sentido - ele também sem esperança.
Sonhei com você a noite toda. Acordei achando que meia hora de café e cigarros talvez pudesse me fazer entender o que não consigo ver. Talvez a sabedoria de trapezista que vive em solo plano e confortável seja o que preciso agora. Mas não vou saber.
Tempos estranhos esses. Mal tenho fruta em casa.
Angustia.
Tenho vontade de chorar durante a tarde. Não por sua causa. Por minha mesma. Por não saber consertar o que fiz com minha vida. Por não confiar. Por não acreditar. Por não enxergar solução.
Quero morrer às vezes. E outras, ir para Berlim - sozinha. Desta vez.
Sonhei com você a noite toda. Acordei achando que meia hora de café e cigarros talvez pudesse me fazer entender o que não consigo ver. Talvez a sabedoria de trapezista que vive em solo plano e confortável seja o que preciso agora. Mas não vou saber.
Tempos estranhos esses. Mal tenho fruta em casa.
Angustia.
Tenho vontade de chorar durante a tarde. Não por sua causa. Por minha mesma. Por não saber consertar o que fiz com minha vida. Por não confiar. Por não acreditar. Por não enxergar solução.
Quero morrer às vezes. E outras, ir para Berlim - sozinha. Desta vez.
domingo, 10 de julho de 2011
tristeza não tem fim
A tristeza depende muito pouco de uma casa, um trabalho, um amigo. A tristeza é constante dentro da gente.
Nunca tive tanta vontade de morrer e, ao mesmo tempo, tanta certeza que não vou me matar. O tédio e a tristeza são tamanhos que não tenho nem forças para pedir minha morte.
O cabelo cresce e eu não corto. Os pelos crescem e eu raspo só por raspar. Os dias começam e terminam. Como sempre foi. A criança da mesa do lado faz birra pra não comer a batata e eu começo a achar o Destino sensato. Eu afogaria com minhas lágrimas uma criança gerada por mim. E, se não fosse afogada, morreria de tédio ainda um zigoto.
Está fácil não.
Nunca tive tanta vontade de morrer e, ao mesmo tempo, tanta certeza que não vou me matar. O tédio e a tristeza são tamanhos que não tenho nem forças para pedir minha morte.
O cabelo cresce e eu não corto. Os pelos crescem e eu raspo só por raspar. Os dias começam e terminam. Como sempre foi. A criança da mesa do lado faz birra pra não comer a batata e eu começo a achar o Destino sensato. Eu afogaria com minhas lágrimas uma criança gerada por mim. E, se não fosse afogada, morreria de tédio ainda um zigoto.
Está fácil não.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
vou viajar em dois dias
E isso é bom. É com o pé em outro lugar que sou o que sou: sozinha.
E é isso aí.
E é isso aí.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
vaivém da saudade
Vou voltar para aquelas ruas com nomes de países latinos.
Vou atravessar as ruas entre táxis baratos e ouvir tango nas praças.
Sou eu. Eu, não eu.
Fiz o que meu soldado disse entre uma garfada num corte diferente de boi e uma batata frita: parei. "You should stop, you know it, don't you? You should". E eu parei. De ver, de falar, de pensar... Não, de pensar não. Você ainda existe de um jeito torto nos meus registros cerebrais. Mas, depois de arranhar ainda mais minhas cicatrizes, é verdade, eu parei.
E aconteceu tanta coisa e não aconteceu nada. Vou pisar a terra de Cortázar sem a tristeza de outrora. Porque, dela, meu soldado me tirou.
Mas vou entrar na tristeza da saudade. E vou me lembrar de mim, do soldado, do soldado em mim, de Berlim, da Baronesa de Itu e vou tomar café o tempo inteiro. Isso não é férias.
Mas está tudo bem. Estamos todos bem. É o que importa. Move on.
Vou atravessar as ruas entre táxis baratos e ouvir tango nas praças.
Sou eu. Eu, não eu.
Fiz o que meu soldado disse entre uma garfada num corte diferente de boi e uma batata frita: parei. "You should stop, you know it, don't you? You should". E eu parei. De ver, de falar, de pensar... Não, de pensar não. Você ainda existe de um jeito torto nos meus registros cerebrais. Mas, depois de arranhar ainda mais minhas cicatrizes, é verdade, eu parei.
E aconteceu tanta coisa e não aconteceu nada. Vou pisar a terra de Cortázar sem a tristeza de outrora. Porque, dela, meu soldado me tirou.
Mas vou entrar na tristeza da saudade. E vou me lembrar de mim, do soldado, do soldado em mim, de Berlim, da Baronesa de Itu e vou tomar café o tempo inteiro. Isso não é férias.
Mas está tudo bem. Estamos todos bem. É o que importa. Move on.
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