terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Bolhas de sabão

Aqui também chove. E as pessoas ficam presas nos prédios de escritórios da Faria Lima esperando a chuva passar.
A água se acumula pelas calçadas e faz poças. Como as de lá. Aquelas que o inspiram.
A menina de sapatilhas metalizadas vê o reflexo da saudade em uma delas. Mas não para. Corre apressada e pensa em Praga. Ou Berlim.
Das poças daqui saem bolhas de sabão. E ela enrola um cacho de cabelo no dedo para acalmar a falta que ele faz na mesa do café da esquina da Albuquerque Lins.
E é verão.

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