sexta-feira, 25 de junho de 2010

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I'm alone.

É o que temos para hoje.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

My red lion



Love, 4ever! Bye bye....

Agapi mou

Então é assim. As frutas em calda vão acabando no pote. Hermés diminui a velocidade do voo e eu vou pousando meus pés no chão. Daqueles corpos que se apoiaram mutuamente em solo portenho, vejo pouco daqui. Da terra firme. Sei pouco também dos beijos em uma São Paulo de janeiro. Um rodopio de carnaval como as baianas na quadra da Império da Casa Verde. E do frio da primavera em Berlim, sinto falta das panquecas.

Ela precisava de mágica em dezembro. Um dezembro vestido de setembro. E ganhou fogos de artifício no céu e um grego na cama. E um sopro de felicidade na alma. Despejou lágrimas sinceras nos braços de uma saudade no parque, entre tendências de inverno. E matou a fome do corpo cruzando o oceano. E pronto. Agora pode andar sozinha.

Há algo de triste em tudo isso. Mas acho que há mais alegria. E é isso que vai ficar tatuado dentro de mim. Dividindo espaço com as cicatrizes. Essas sim, terríveis.

Da homeopatia: sepia

"Trata-se de um remédio próprio para a mulher. A tipologia de Sepia é uma mulher delicada, magra, de cabelos escuros, face entre empalidecida e amarelada, triste mas com tendência à irritabilidade e à cólera. Menstruação escassa e dolorosa. Grande preventivo do aborto. Problemas do climatério, com calores súbitos, transpiração e desfalecimento. Nervosismo excessivo com perturbações mentais. Olheiras escuras. Cansaço fácil. Sensação de peso no baixo ventre. Forte dor de cabeça durante a menstruação. Erupções na pele (pior na menstruação), escamações. Náuseas ao sentir o cheiro dos alimentos".

Como pode haver um típico físico que é triste por natureza? Fiquei mais triste ao saber que sou triste por definição homeopática.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

An ocean apart

Now we are together sitting outside in the sunshine
But soon we'll be apart and soon it'll be night at noon
Now things are fine the clouds are far away up in the sky
But soon I'll be on a plane and soon you'll feel the cold rain


Fica mais bonito na voz da Julie Delpy

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu, eu mesma, ela, aquela, a outra, todo mundo

Quantas pessoas temos dentro da gente? Quantos nos somos? Pode um carimbo no passaporte nos apresentar outra persona? Podem o frio, o sol, a chuva, a cerveja, o sexo, uma magoa, uma saudade, uma tristeza sem fim transformar a gente?
Quantas eu sou? Quantos ele é? Qual eu meu deve encontrá-lo, aquele ele, não qualquer ele?
Quanto dele quero saber? Quanto de mim ele suportaria? Qual eu meu eu quero mostrar? Quero ser loira ou ruiva? Quero uma tarde de sol ou uma noite de chuva? Quero um amor que nunca acaba ou um bem curtinho para guardar na memória só o que foi bom? Quero ser brasileira, nova-iorquina, argentina ou europeia?
Quero ser comunista ou capitalista? E quem ainda liga pra isso no mundo?
Se não quero rótulos, porque não deixo a garrafa sem nada, limpa e translúcida, a disposição das ondas para chegar a um cais qualquer? E que cais e o meu? Santos, NY ou Buenos Aires?

terça-feira, 4 de maio de 2010

Prenzlauer Berg - um ano depois

E ela foi mesmo. O céu continua azul, o vento frio, as lojas e os cafés no mesmo lugar. As criancas com os pais à tiracolo - ou seria ao contrário? Até a lojinha que vende vibradores coloridos continua lá. Só ela mudou. Só ela agora é ELA. E ponto final.

E Berlim é só o comeco. Suas sapatilhas vermelhas têm muito o que tintilintar pelo mundo.