Eu vou comemorar.
Nunca levei porrada do Sean Penn. E nem precisa. A alma perdida a que entreguei meu corpo e meu gozo em tardes de ócio azedou-me mais do que um soco na cara. Juntos dos livros que ele me deu, guardei a desilusão do céu cinza de maio. Uma estante cheia que assustou os olhos verdes do homem vestido de Sol. Longe do calor de dezembro, azedei o que me restava fresco. Só consegui poupar o que te pertencia. Hoje, inútil. Hoje, nada. Quase dez anos. E não é você. É maior a dor do desamor...
Aí, vem Madonna. Sussura Like a Virgin e Erotica no meu ouvido. Vítima e dominatrix. Puta e esposa e mãe e mulher. E não sinto mais saudades dos meus vinte anos. Quando ainda eram 19. E não sinto medo de enlouquecer aos 34. Nem do meu útero secar. E vou procurar um pedaço de terra para plantar a flor branca que ganhei antes do táxi amarelo partir. E deixo a vida correr.
sábado, 16 de agosto de 2008
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