A tristeza depende muito pouco de uma casa, um trabalho, um amigo. A tristeza é constante dentro da gente.
Nunca tive tanta vontade de morrer e, ao mesmo tempo, tanta certeza que não vou me matar. O tédio e a tristeza são tamanhos que não tenho nem forças para pedir minha morte.
O cabelo cresce e eu não corto. Os pelos crescem e eu raspo só por raspar. Os dias começam e terminam. Como sempre foi. A criança da mesa do lado faz birra pra não comer a batata e eu começo a achar o Destino sensato. Eu afogaria com minhas lágrimas uma criança gerada por mim. E, se não fosse afogada, morreria de tédio ainda um zigoto.
Está fácil não.
domingo, 10 de julho de 2011
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