Ela rezou novenas intermináveis para que a chuva parasse de molhar seu rosto com o pranto das mal amadas. Ela pediu para que fosse sem procurar. Que fosse por acaso. Pediu para ser solar como o dono dos olhos verdes que morreu num verão em 2006. Implorou para que gostassem dela sem que ela precisasse trocar a cor do esmalte. Pediu.
E ele se abre em sorrisos sob o sol da Baixada Santista. Sob o mesmo céu amarelado da adolescência dela. Da época em que as cicatrizes não existiam. Ele sorri para ela e diz que está feliz em vê-la. Ela sorri de volta. Tranquila. O verão começou.
(ela quase vomita de medo. Mas tudo bem. É só respirar fundo que passa).
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
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